Máscaras do Destino, As

A produção poética de Florbela Espanca (nasceu em 1894, no Alentejo e faleceu em 1930 na cidade de Matosinhos) elevou o nome da autora ao panteão dos grandes poetas portugueses, especialmente entre aqueles de tendências modernistas. Porém, pouco se s abe sobre as narrativas curtas às quais ela se dedicou ao longo de sua breve vida. As máscaras do destino é uma de suas coleções de contos e foi publicada em Portugal postumamente, em 1931. O livro foi dedicado a seu irmão, Apeles Espanca, que falece u em 1927 num trágico acidente de avião. Nos oito contos aqui presentes é possível perceber a maestria de Florbela Espanca mesmo diante de uma dor pessoal tão grande. Como diz a própria autora no texto introdutório: "Este livro é de um morto, este li vro é do meu morto. Que os vivos passem a diante...". O tom melancólico e fatalista que transpassa as narrativas recebe um tratamento poético, profundo, típico das reflexões sensíveis e inteligentes que são características frequentes na arte literári a dessa grande autora que merece ser mais difundida em terras brasileiras.